Dias atrás, por volta das 23h, depois de navegar pelas redes sociais a procura de notícias suas, eu deixei o ursinho que você me deu em frente ao computador ligado, apaguei a luz e deitei pra dormir. Durante alguns minutos eu pensei que conseguiria pegar no sono, mas muitos pensamentos passavam em minha cabeça e eu acabei despertando. Naquele momento eu abri os olhos e fiquei observando a escuridão e a calmaria do silêncio me lembrou você.
Muitas perguntas sem respostas dilaceravam meu coração… Algumas ficavam mais evidentes e por maior tempo conscientes, outras eu conseguia apagar pra diminuir o sofrimento… Por que novamente nos afastamos? Por que voltamos a brigar? Por que ficar longe é uma solução se no fundo desejamos ficar perto?
Como eu gostaria de saber…
De verdade, eu gostaria de estar com você… Eu queria muito poder cuidar de você… Seria tão bom se estivéssemos aqui agora contemplando essa escuridão juntos. Talvez estaríamos agarradinhos… quem sabe…
Eu tenho um medo que me atrapalha a dormir desde que rompemos há 3 meses… Eu tenho receio de não conseguir te esquecer, porque em todos os lugares que vou eu sempre levo você. Será que tudo isso vai passar um dia?
Eu fico pensando sobre como está sua vida e se pensa em mim… Será que você também pensa em mim???
Eu me sinto muito sozinha… Será que a escuridão também te faz companhia???
Às vezes eu sinto esse silêncio como uma resposta pra mim mesma. Porque não existe luz nesse fim do túnel. A escuridão está por toda parte, eu sei… mas vai passar… e quando ela passar eu acordarei pra viver o dia e esperar um nova escuridão que me trará um novo dia… assim é a vida, eu acho.
Esse silêncio da noite é como uma escola pra vida, pra minha vida. Ele exige muito mais de mim… Eu posso ficar acordada olhando essa escuridão e prestando atenção à esse silêncio, ou relaxar, dormir e viver um novo dia.
Eu preciso ir dormir. Será melhor assim.
Espero que você também reflita com sua noite e seu silêncio e que seja feliz.
No mais, eu espero que essa noite escura acalme meu coração.
Nenhum de nossos contos Nenhum de nossos contos retrata o caso de algum paciente atendido por nós. Trata-se de uma ilustração da vida cotidiana, de histórias que motivam pessoas a procurarem terapia/psicoterapia.
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