Tipos psicológicos ◎ Ferramentas da vida.

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Olá pessoal, no texto de hoje a pedido de uma leitora vou escrever resumidamente sobre os tipos psicológicos, teoria criada pelo psiquiatra Carl Gustav Jung, para compreensão da personalidade.

Conhecer um pouco sobre nossa personalidade é fundamental para a vida. Vivemos em um mundo global, social, em que a interação se faz presente em todos os lugares e exige de nós participação constante. Nosso comportamento nesse jogo que se chama interagir, é marcado fundamentalmente pela nossa forma de enxergar o mundo e isso nada mais é que nossa personalidade. Na Psicologia muitas teorias explicam a formação da personalidade e os tipos psicológicos de Jung auxiliam muito com essa questão.

Jung dizia que existem 2 atitudes e 4 funções psicológicas no ser humano. As atitudes representam a forma como vamos ao encontro de um objeto no mundo e as funções eu as chamo de ferramentas da vida.

Quanto às atitudes, elas podem ser a extrovertida ou introvertida e ambas existem em nós. O extrovertido coloca sua energia psíquica para os objetos externos, digo objeto porque muita gente acha que a energia vai ao encontro somente de pessoas e isso não é verdade. Já o introvertido a energia psíquica vai ao encontro de si mesmo e de encontro do objeto externo, ou seja, é como se ela fosse até o objeto e resolvesse voltar para si porque é mais interessante. Cabe ressaltar que essa distinção não tem relação alguma com a timidez e isso em um próximo texto posso explicar melhor.

As ferramentas da vida, funções psicológicas, são respectivamente: pensamento, sentimento, sensação e intuição. Eu as chamo de ferramenta porque ouvi essa definição de uma outra psicóloga e achei literalmente perfeito. As ferramentas nos ajudam na vida em tudo. Já pensou usar um smartphone sem os aplicativos? Acredito que não porque eles são as ferramentas do aparelho. Assim também acontece em nossa vida com as funções psicológicas, ou seja, você as usa o tempo todo, e nem se dá conta disso e quando umas delas é deixada de lado, hum… alguns efeitos surgem. É igual a ferramenta do smartphone, quando o aplicativo fica sem atualização, isso acontece muito quando ele não é utilizado, acaba por ficar absoleto e não ajudando mais o usuário, ele trava e muitas vezes estraga a brincadeira ou a atividade que se estava executando. A mesma coisa acontece com nossa mente através das funções Psi’s, se não as usamos elas podem fazer falta em determinado momento.

Mas por que ferramentas? Eu as chamo assim porque usamos normalmente todas e cada uma delas é convidada a viver conosco em um momento oportuno.

Abaixo explico resumidamente cada uma:

Pensamento: A função pensamento diz respeito aos dados concretos, ou seja, o sujeito que a usa é impulsionado a se preocupar com informações que o ajude nas tomadas de decisão. Quando esse sujeito vai à uma loja comprar uma jaqueta de couro por exemplo, ele vai olhar a jaqueta, pode até achá-la bonita, mas… vai gastar boa parte do tempo lendo a etiqueta da peça e pedindo informações sobre o produto à vendedora.

Sentimento: O sentimento diferente do que a maioria das pessoas pensam ele também é uma função racional, assim como a função pensamento, ou seja, toma suas decisões racionalmente, mas a diferença entre ele e o pensamento é que ele decide através da valoração. O cérebro aqui fica no coração (💓), ou seja, se esse sujeito fosse na mesma loja atrás da tal jaqueta de couro ele iria olhar e valorar o objeto, é boa ou ruim, vai me ajudar lá com meus problemas sim ou não, e assim sucessivamente.

Sensação: O tipo sensação tem relação com nossos sentidos e consequentemente uma facilidade incrível para a noção espacial. Portanto, os sujeitos que usam essa ferramenta psicológica normalmente são bastante organizados e presa por isso o tempo todo. Se esse sujeito estivesse ido a mesma loja da jaqueta de couro ele procuraria a jaqueta de forma organizada na loja, ou seja, seguiria uma ordem em sua mente para achá-la, assim como a explicação da vendedora teria que ser de forma organizada com começo, meio e fim.

Intuição: A intuição é a função mais difícil de se explicar porque ela assim como a função sensação é irracional, a diferença está que a sensação se utiliza dos sentidos, mas e a intuição? Bom a intuição é aquela função psicológica que te impulsiona para algo sem você saber muito bem o porquê, mas alguma coisa te diz que é ali que deve está. Já viveu isso algum momento da vida? Eu tenho certeza que sim… As pessoas intuitivas tem caracteristicamente uma facilidade incrível para criatividade, para pensar sobre o novo, trazer à tona ideias que não sabe de onde vem, mas podem sim funcionar e normalmente colocam em prática e dá certo. Podem ser tida como sortuda por outras pessoas (😀).

Enfim, para finalizar é importante salientar que nós usamos todas as funções psicológicas porque nossa mente é um sistema de regulação energética, ou seja, hora colocamos a energia em uma função e hora em outras, sempre equilibrando. A problemática se instaura quando usamos apenas uma delas, pois isso pode trazer conflitos para a pessoa em qualquer área de sua vida. O autoconhecimento é importante justamente por isso, pois conhecer sobre sua personalidade contribui para melhor adaptação na vida.

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Maicon Moreira
Maicon Moreira
Psicólogo Clínico (CRP 05/54280), Especialista em Psicoterapia Cognitiva e Doutor em Psicologia pela UFRRJ. Atua como Terapeuta Cognitivo comportamental e Junguiano. Tem formação em Terapia Cognitiva, Terapia do Esquema, e Terapia da Aceitação e Compromisso. Tem interesse nos seguintes temas: Psicoterapia Cognitiva, Psicologia Analítica, Violência Psicológica, Saúde Mental e Autoconhecimento, Memória Social, História da psicoterapia e Formação do Masculino.

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