Acordei e dei de cara com a frase “Acredito em tesão à primeira vista, paixão, admiração, ódio…mas amor não. Amor é algo que se constrói, e prédios sem estruturas caem.”, postei nas redes sociais e agora vim colocar no “papel” meus pensamentos, uma visão sobre o amor.
Como dito na frase acima, o amor é construído, e isso acontece diariamente com doses generosas de afeto e atenção. Ele é uma das bases de sustentação do desenvolvimento de nossa espécie e garante vínculo, apego, bem-estar, por isso é tão necessário e almejado por nós.
Muitas vezes na experiência humana não existe amor, há na verdade admiração, tesão, afinidades, etc,. e tudo isso pode até condicionar ao amor, ou também permanecer sendo apenas o que é.
Segundo a mitologia, Eros é a divindade que representa a união amorosa entre os seres e está presente desde o início do universo. Quando tudo era apenas um vazio essencial, sem o significado do que é, existia então somente a Mãe Terra, que originou tudo, o Tártaro que traria o mal advindo das profundezas da terra, e o Eros, representante do amor entre os seres. Então, o amor esteve presente desde o princípio e simboliza a união, entre as coisas, entre os ambientes, entre os homens, por isso é um sentimento natural em nós, vivido e almejado por todos e experienciado de formas diferentes.
Entre a Mãe terra e o Tártaro, que seria o mesmo que a luz e escuridão, sempre existe uma infinidade de expressões e é aí que se localiza o amor (Eros), na interseção entre o que é e o que foi, na existência, na vida. Certa vez ouvi em um filme que “entre zero e um há uma infinidade de números” e assim é o amor, está presente sem ser notado, mas vive em nós, faz parte de nossa humanidade.
A mitologia ainda traz outras possibilidades para o surgimento de Eros (Amor) e uma delas faz referência à sua existência como filho de Afrodite, a deusa do amor e da beleza. Nesta versão Eros era um garoto que não crescia e a isso foi atribuído o fato de ele ser uma criança solitária, por isso sua mãe concebeu outro filho para fazer-lhe companhia, foi só a partir daí que Eros cresceu e tornou-se um dos mais belos e formosos do Olimpo.
Tomando essa história como inspiração, podemos dizer que para existir amor é necessário co-existir união, troca, e partilha. É por meio do afeto e da construção diária dos laços que o amor se estreita, toma corpo e é sentido, torna-se potente e fugaz. Assim ele representa o ponto inicial da vida humana, ele motiva, ele une, ele separa. É uma a pulsão que joga a gente pra frente, que fecunda, e que multiplica.
Sabe aquela imagem do cupido como um anjo de arco e flecha pronto para auxiliar as pessoas com o amor, ela personifica Eros. Um anjo que ajuda encontrar o amor simboliza a busca das pessoas pelo sagrado frente às dificuldades e desafios para alcançá-lo. Por isso o amor também pode ser considerado uma experiência de conflito, de luta, que vale a pena perseverar, e assim estamos todos batalhando para tê-lo. Também, um anjo pequeno simboliza o quanto de inocência há no amor, de modo que ele ainda não alcançou idade suficiente para compreender e explicar de forma lógica suas expressões, por isso há a conotação de entrega ao amor como algo irresistível, é assim se vive todas as experiências inenarráveis que ele permite.
Bem, eu poderia falar muitas coisas sobre o amor, mas ainda assim não esgotaria as nuances do simbolismo dele no pensamento humano, por isso paro por aqui.
Em minha mente mora um amor simples e potente, e em você, e para você, diz aí, o que significa o amor?
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1 Comentário
Não sei dizer o que é. Mas sei que sem ele não existe vida. E amor é sim verbo intransitivo.