De nada adianta definir Metas para o próximo ano se as metas do ano vigente estão desorganizadas dentro de você…

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2018 já acabou, estamos a menos de 24 horas para a chegada de 2019 e já encontramos uma enxurrada de pessoas e profissionais de diversas áreas nos impulsionando a definir metas e pensarmos sobre o que iremos fazer em 2019…

Ao meu ver isso é bastante assustador! Muitas pessoas se quer deram conta do que não realizaram em 2018 e já são motivadas a definirem as próximas metas…

Precisamos de muita calma. CALMA!

O mundo anda tão acelerado que, às vezes, não conseguimos nem vivermos as experiências do momento, como as festas de fim de ano por exemplo. É como se a falta dessas metas fizesse de nós “alguém perdido” ou “fracassado” ou como se elas fossem garantir o sucesso do próximo ano. Essa ideia é uma violência com a gente mesmo.

Refletir sobre isso não significa que entendemos as metas como algo dispensável. Saber o que você deseja conquistar no decorrer do ano te ajuda a ser mais específico e também manter o nível de motivação necessária para isso. Entretanto, atentamos aqui para a exacerbação da necessidade de defini-las como se fossem a salvação do novo ano.

Definir um objetivo com suas respectivas metas é importante, muito importante… mas para isso precisamos ter em mente algo importante que é “elaborar o ano que passou”.

Antes de se pensar em coisas novas é necessário elaborar as antigas. Elaborar aqui significa dar sentido as coisas que se foram/passaram. Isso acaba sendo um processo bastante pessoal porque nos remete à reflexão daquilo que vivemos ao longo do ano. Elaborar seria o mesmo que realizar um check-up de suas experiências. Seria você saber explicar as coisas que deixou de fazer durante o ano, sem o sentimento de culpa e sem responsabilizar os outros também, é claro.

Quando você elabora, ou seja, dá sentindo ao que viveu ao longo do ano, consegue construir metas até mais realistas para o novo ano. Assim, é possível afirmar que definir objetivos com suas metas é um processo que acontece de dentro pra fora. Primeiro você organiza o que pensa e sente sobre sua realidade atual e depois define novos desafios. Se você não faz isso e por dentro continua tudo desorganizado, independente de ter meta, nada vai fluir… Se a mente está confusa as metas se tornam confusas também em algum momento.

Isso acontece porque definir metas para o próximo ano significa projetar uma realidade que ainda não existe. É um processo psicológico imaginativo que nos faz ser tendencioso a projetar, com perfeição, a realidade futura, o que na maioria das vezes não é, e ou não será.

Então, para conseguir definir metas aplicáveis para o ano que se inicia, é necessário elaborar o ano que passou e assim “se enxergar” no passado e no futuro, ou seja, no meio de tudo o que se viveu ou não e também agora em meio aquilo que se almeja conquistar pra saber, de fato, se você está bem pra viver essa experiência.

Repetimos! Não adianta definir objetivos e metas se sua cabeça está confusa. Quando isso acontece, a tendência de a gente escolher caminhos mais curto ou mais lógicos é gigantesca, o que nem sempre é o melhor…

Para finalizar, esclarecemos que definir metas ajuda muiiiiiiiiiiiito, não estamos aqui falando que elas são dispensáveis porque não são. Na verdade, estamos falando da importância de se viver as experiências e se autoanalisar para projetar metas mais saudáveis para 2019. Entendeu?

Depois dessa reflexão pense: Eu estou BEM para viver o que desejo em 2019?

Feliz Ano Novo!!!!

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Maicon Moreira
Maicon Moreira
Psicólogo Clínico (CRP 05/54280), Especialista em Psicoterapia Cognitiva e Doutor em Psicologia pela UFRRJ. Atua como Terapeuta Cognitivo comportamental e Junguiano. Tem formação em Terapia Cognitiva, Terapia do Esquema, e Terapia da Aceitação e Compromisso. Tem interesse nos seguintes temas: Psicoterapia Cognitiva, Psicologia Analítica, Violência Psicológica, Saúde Mental e Autoconhecimento, Memória Social, História da psicoterapia e Formação do Masculino.

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