Se não nos procurarmos aonde vamos nos encontrar?

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Uma das grandes questões pra nós do ocidente é o contato e a interiorização de si mesmo, pois somos extremamente extrovertidos.

Para nós brasileiros a extroversão é mais evidente porque nossa cultura nos identifica como o país do samba, do futebol, da alegria, da bohemia, etc. e isso não é diretamente um problema, se torna quando achamos que a vida é apenas isso.


Temos a mania de fugir de nós mesmos o tempo todo, buscamos artifícios que nos levem sempre a busca de objetos, pessoas, coisas, status… Essa característica nos torna apaixonante enquanto país, não é atoa que os estrangeiros se vislumbram ao pisar em terras brasileiras. Isso nos leva a acreditar que realmente somos tudo isso e assim passamos a incorporar esse personagem em tudo.

Essa crença nos faz sujeitos de ego muito inflados, nos sentimos o “fodão” em tudo, mas quando nos deparamos com situações frustantes nossa bola murcha de forma a nos perder de nós mesmos, é quando vem a realidade de quem somos, porque não somos apenas extroversão, a introversão está em nós e precisa ser vivida também.


A consequência dessa forma de ser tem nos levado ao ranking dos países mais ansiosos/depressivos da América, e isso também se dá por não fazermos a conexão com nosso lado introvertido. Quando nosso modo operandi é extrovertido, no inconsciente está o lado oposto, esse é o lado que mais temos dificuldades em lidar, logo fugimos dele, e com isso buscamos sempre preencher esse vazio no outro.


A vida segue, as pessoas seguem… Se você não parar e começar a explorar seu lado inconsciente (sombrio) vai viver no eterno ciclo da vida vivida nos outros e através dos outros. Esperando e fantasiando sempre aquilo que foge à sua realidade.

É preciso significar sua vida de outra forma e compreender que é necessário para todas as pessoas a busca de si mesmo. Não tente achar a si mesmo no outro, você é seu caminho, você é seu destino.

 

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Iranir Fernandes
Iranir Fernandes
Iranir Fernandes ψ - Psicóloga (CRP 05/54281), Palestrante, Escritora e Pós Graduanda em Psicologia Junguiana. Tem experiência de atendimento individual, casal e orientação de família. Trabalha com a abordagem Analítica de Carl Gustav Jung em atendimentos presenciais (Rio de Janeiro) e Online. Coautora do livro "A mulher negra e suas transições".

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