5 sinais de um Relacionamento Abusivo.

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Na atualidade, muito se fala de relacionamento abusivo, mas você sabe o que isso significa?

Indo direto ao ponto, vou citar 5 sinais pra te ajudar a identificar uma relação abusiva:

1. SUPERPROTEÇÃO: É bastante comum nos relacionamentos abusivos a gente ouvir da vítima que o companheiro (a) faz tudo aquilo por proteção. Essa é a justificativa normalmente dada com o passar do tempo e em momentos de crise. Geralmente a superproteção surge mascarada de um comportamento bom, com boas intenções e funciona como um escudo pra evitar que a vítima seja exposta ao perigo, desse jeito o abusador consegue fazer com que ela esteja sempre ao seu lado e se afaste cada vez mais de outras pessoas, sobretudo das que o incomoda de alguma forma, como amigos e amigas e até familiares. É comum com o passar do tempo essa superproteção transformar-se num comportamento chantageador, ou seja, a pessoa se comporta de forma tão boazinha que faz chantagem pra conseguir suas vontades e assim vai conseguindo anular o outro, suas vontades, desejos, escolhas, poder de decisão e individualidade. Nesses casos acontece muito do abusador controlar redes sociais, tipos de roupas, etc.

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2. VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: A violência psicológica está presente na maioria dos relacionamentos abusivos. E afinal, o que é violência psicológica? Violência psicológica é diferente da violência física, mas dói tão quanto, não fisicamente, mas emocionalmente. A violência psicológica é a forma pelo qual o abusador constrange a vítima, a humilha, xinga, rotula, diminui seus talentos e virtudes, ridiculariza, grita, etc. ou seja, é todo o comportamento que objetiva enfraquecer a vítima emocionalmente. Muitas vezes o abusador não faz isso de forma consciente, mas isso não significa que essa violência não deva ser identificada e afastada de vocês, pelo contrário, na maioria das vezes as vítimas de violência psicológica ficam extremamente frágeis e depois carregam sequelas dessa relação pro resto da vida.

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3. COLOCA A CULPA NA VÍTIMA: A maioria dos abusadores costumam colocar a culpa de tudo de ruim que acontece na vida e na relação na vítima. Se o casal marcou de jantar fora e começou a chover a culpa e da mulher que varreu a varanda e como nunca faz isso fez chover; se ele se exaltou na discussão foi porque ela não aceitou a opinião dele; se foi demitido a culpa é dela que reclamou por ele chegar tarde em casa; etc. São situações corriqueiras da vida, mas o abusador atribui tudo isso a vítima e, de tanto fazer isso e impactar o psicológica dela, ela começa a creditar e se sentir cada vez pior. Quando a vítima já está com o psicológico abalado é comum surgiram casos de ansiedade ou depressão, mas a vítima não atribuir os sintomas à relação abusiva.

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4. RIR DE VOCÊ: Eu sei, pode parecer estranho o título, mas acontece com frequência. Embora faça parte da violência psicológica eu quis falar dele de forma separada porque identifico muito isso nas pacientes que atendo. É comum os abusadores após um período de violência psicológica começarem a rir da vítima de forma a ridicularizá-la. Isso mesmo… eles riem de tudo, fazem a vítima passar vergonha próximo de familiares ou amigos, enaltece negativamente uma característica física que a vítima não gosta, ou uma dificuldade com de desempenho, comportamentos, etc. O abusador se coloca como superior, bom, excelente, e ri, tira sarro e faz piadas das dificuldades que a vítima vive no dia a dia.

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5. IGNORA VOCÊ: Algo que é bastante comum é, no caso de você não cumprir com o que ele exige ou segue seus pedidos, ele ignora você, finge que não existe nada entre vocês, bloqueia nas redes sociais ou no whatsapp por exemplo, como uma forma de dizer que não está satisfeito.

Maicon Moreira
Maicon Moreira
Psicólogo Clínico (CRP 05/54280), Especialista em Psicoterapia Cognitiva e Doutor em Psicologia pela UFRRJ. Atua como Terapeuta Cognitivo comportamental e Junguiano. Tem formação em Terapia Cognitiva, Terapia do Esquema, e Terapia da Aceitação e Compromisso. Tem interesse nos seguintes temas: Psicoterapia Cognitiva, Psicologia Analítica, Violência Psicológica, Saúde Mental e Autoconhecimento, Memória Social, História da psicoterapia e Formação do Masculino.

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